fava figo lobo lodo nunca chuva presa cinco raz?o anjo bifolco cozinha timbales code?o irm?o nespera mexer bostella capella sarar bainha ver adega orelha gaiola inveja gritar funil.
óra, éssa evolu??o está pela màiór parte já tambem operada na escritura. As altera??is propóstas s?o o seu complemento; e constituir?o os dois grandes progréssos--a unidade da reprezenta??o dos sons e a conformidade da linguájem escrita com a linguájem falada--reclamados pela necessidade de tornar fácil ao povo a aquizi??o da instru??o que se quér que ele tenha, poisque com eles se aprenderia a ler em m[~u]itíssimo menos tempo do que oje se gasta. E o pouco que résta fazer, está àutorizado de um módo irrecuzável pelo m[~u]ito que se axa feito.
Alem d'isso a refórma nésta parte tambem se n?o aprezentará menos justificada a quem a quizér considerar nas diferentes ipótezes; como passa a mostrar-se a respeito das principais d'entre élas.
A comiss?o votou unànimemente a supress?o das letras nulas; e julga que com raz?o o fês. Tais letras s?o motivo de grande confuz?o e portanto um grande embara?o; porque todas élas, em circunstáncias idênticas, umas vezes s?o nulas, outras n?o (menos as dobradas que o s?o sempre), sem ser possível dar régras que satisfá??o, para indicar quando o s?o ou deix?o de ser. E tem unicamente valor etimolójico,--valor esse iluzório e sem importáncia, porque a etimolojia n?o fica perdida com a sua supress?o, como n?o se perdeu a d'éssas m[~u]ito numerózas centenas de palavras cujas raízes se áx?o alteradas; em quanto que os embara?os a que d?o cauza, s?o um mal m[~u]ito grande e m[~u]ito real e pozitivo.
Por contemporizar com ábitos e sucètibilidades, póde aceitar-se o adiamento da supress?o do--u---nulo, visto poder dar-se régra cérta que indique a sua nulidade; porque depois de--q--nenhuma outra raz?o póde motivar a sua conserva??o. Pois se os latinos o uzáv?o, pronunciáv?o-no, como oje o pronuncí?o sempre os italianos; e se os francezes, e até os espanhóis, o emprég?o sem o pronunciar, é por um méro caprixo que n?o devemos seguir.
Por esse mesmo motivo a comiss?o lembrou-se de se adiar tambem a supress?o do--h--inicial, mas por fim n?o lhe pareceu justificada éssa rezolu??o. Paréce provado que o--h--, que nunca foi uzado pelos gregos, éra para os latinos simplesmente sinal d'aspira??o. Por isso juntáv?o-no ao t, ao p e ao c, para reprezentar téta, fi qi, consoantes mudas aspiradas do alfabéto grego, e tambem ao r nas palavras tomadas do grego em que ésta letra éra aspirada; e para que fosse aspirada a vogal seguinte, o empregáv?o no come?o das palavras,--raz?o por que escreví?o por ezemplo hora, palavra tomada do grego onde éra ora. E assim compreende-se que os francezes o empréguem no come?o d'aquélas palavras cuja primeira vogal aspír?o, e ainda se compreende o seu emprego em espanhol, visto uzar-se a aspira??o respètiva em algumas províncias do reino vizinho; mas nós que n?o aspiramos nenhuma vogal inicial, é lójico que suprimamos esse inútil sinal d'aspira??o, evitando os embara?os que rezúlt?o do seu emprego.
A comiss?o, a propózito da supress?o do--h--no vérbo haver, discutiu os inconvenientes da anfibolojia produzida pelas omonímias; assim como discutiu a ezistencia do--h--nas interjei??is hui ah oh, onde paréce aver quem admite aspira??o. óra, quanto á anfibolojia, impórta considerar que as omonímias que provirí?o da refórma, s?o nada em compara??o das que ezístem já na língua sem ninguem sentir os inconvenientes da supósta anfibolojia d'élas rezultante; que na pronúncia n?o á meio d'evitar esses inconvenientes, que alguem se aprás em recear; e que na escritura, melhór que na fala, indica o sentido qual é a significa??o da palavra, se ésta a tem dupla ou múltipla: se por ezemplo se escrever--ás á, avias avia, aví?o, ouve--, em vês de--has ha, havias havia, havi?o, houve--, ninguem desconhecerá quando respètivamente se trata do vérbo haver, ou da craze da prepozi??o a com o artigo as a, do vérbo aviar e do vérbo ouvir. Em quanto ás três interjei??is, no cazo de decidir-se que á aspira??o, seria melhór indical-a pondo na vogal o espírito áspero dos gregos--uma vírgula ás avéssas; mas a comiss?o n?o vê raz?o por que a aja, nem lhe paréce que aja com efeito, e t?o pouco julga conveniente avêl-a, porque a sua aspereza tornaria a interjei??o menos eufónica.
Em fim, a respeito do fato da nulidade das letras, sucitár?o-se dúvidas quanto ao--x--, e ao--s--no meio das palavras. Porem um ezame reflètido móstra, que só em pronúncia afètada se fás ouvir o som sibilante que éssas letras reprezentarí?o nas palavras respètivas, e que éssa pronúncia é for?ada e tórna a palavra mais áspera, sendo por isso menos confórme ao jénio da língua. E o fato do--s--se n?o axar em documentos das primeiras éras da língua, e em livros de épocas menos remótas (de Càm?is, Fr. Luís de Souza, J. Freire de Andrade, Padre Vieira, etc.), e de n?o se
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