3. Factos historicos reveladores
desse caracter ou que actuaram sobre elle.
Poder-se-ha completar este grupo com o seguinte:
a) Uma collecão estratigraphica typica, como a que a commissão
geologica apresentou na exposição nacional das industrias fabris de
1888;
b) Uma pequena collecção mineralogica typica;
c) Alguns modelos de herbarios de flora local.
*Grupo II*
A alimentação
1. Amostras de materias primas mais empregadas na alimentação
popular, com a indicação da proveniencia, preço, uso, logares em que
as empregam.
Plantas alimentares em herbario ou conservadas por outros processos.
Fructos[1].
2. Condimentos, especiarias de uso popular.
3. Pães de diversas fórmas e natureza, taes como pão de trigo, semea,
pão chapado da raia, pão de calo, pão de bico ou de mamminhas,
regueifas, cornichos, poias, padas, roscas, pão segundo, pão ralo ou
minheiro, pão de leite, broa. Pães de uso particular em certas festas,
como o santóro (pão de Todos-os-Santos da Beira). Vid. grupo X.
4. Carnes ensacadas (palaios, paios, farinheiras, bufeira da Beira,
murcellas, linguiças, salchichas, etc.). Carnes de salmoura.
5. Conservas e preparados culinarios diversos que sejam susceptiveis
de expor-se, taes como frigideiras de Braga, lampreia de Coimbra,
mexilhão de Aveiro.
6. Lacticinios, taes como manteigas, queijos, requeijões, travia
(requeijão com soro da Beira).
7. Doces caracteristicos de localidades, taes como arrufadas de
Coimbra, biscoitos de Vallongo, biscoitos leves de Coimbra, bolo de
folhas de Olhão, bolo podre do Alemtejo, celestes de Santarem,
falachas (bolos de castanhas) da Beira, fructos doces de Coimbra, Elvas,
Evora, etc., manjar branco de Cellas (Coimbra), marmelada de
Odivellas, morgado de Beja e Faro, murcellas de Arouca, ovos molles
de Aveiro, palitos e biscoitos de Oeiras, pão de ló de Margaride, pasteis
de Coimbra, de Tentugal, etc., queijadas de Thomar, de Cintra, do
Funchal, rolos de Olhão, suspiros e ais de Paços de Arcos, toicinho do
céu de Murça, trutas de Olhão, pasteis de feijão de Torres Vedras,
presunto de ovos do Alemtejo, areias de Cascaes, sardinhas de Vianna
do Alemtejo, alcamonia de Lisboa, figos d'ovos de Portalegre, fartens
de diversas localidades (Coimbra, etc.,) bolos de mel do Funchal,
nabada de Semide.
Doces proprios de certas festividades: broas (Lisboa, etc.), rabanadas
(Porto, etc.) do Natal, amendoas da semana santa, folares (com ou sem
ovos) da Paschoa; figuras de farinha representando homens, animaes (o
gallo com pennas tendo no ventre uma noz) do domingo de Paixão;
fogaças de romaria. Vid. grupo X.
8. Bebidas mais usadas.
9. Litteratura da alimentação popular portuguesa, comprehendendo o
estudo dos usos e superstições que se lhe ligam.
*Grupo III*
A habitação e em especial a habitação rural e suas dependencias
1. Planos topographicos de aldeias indicando:
a) A sua situação geographica, os accidentes do solo, ribeiros, rios,
lagoas, pantanos, collinas, montes da vizinhança, caso os haja, etc.;
b) A posição dos pateos, saguões, estrumeiras (montureiras), curraes,
cavallariças, ovis, estabulos, cabris, apriscos, bardos, furdas, abegoarias,
arribanas, pocilgas (cortelhos), cortinhos, córtes, chiqueiros,
enxurdeiros, pateos, quintans, quinteiros, cabanaes, ruas, eidos, hortas,
quinchosos (quinchorros), enxidos, soutos, sequeiros
(vardias);--direcção e frontaria de cada construcção, posição da igreja,
capella ou ermida, dos moinhos, azenhas, caminhos, lameiros, devesas,
etc.
Photographias ou desenhos de aldeias e outros logares pequenos.
2. Planos, photographias ou desenhos de granjas, casaes, herdades
(montes), com todas as suas dependencias.
3. Plantas e alçados de casas rusticas e das populares em geral, com
suas dependencias.
Modelos de casas feitos com a maxima fidelidade, de modo que se
possam apreciar os processos de construcção--a fórma dos prumos,
vigamentos, asnas (madres, fileiras, aguieiras, frechaes), varedo,
telhado, algeroz, chaminé, lareiras, claraboias, paredes mestras,
frontaes, tabiques, empenas, alicerces, sotãos, fumeiros, cunhaes,
humbreiras, soleiras, vergas, peitoris, portas, janellas, taramellas,
trancas, tranquetas, ferrolhos, argolas, trincos, fechaduras, rotulas,
gelosias, empanadas das janellas, vidraças, balcão, sacadas, grades,
pavimentos diversos, soalhos, forros, alçapões, escadas interiores e
exteriores, corrimões, patins ou patamares, divisões interiores (salas,
quartos, alcovas, cozinhas, dispensa, etc.); terraços, açoteas, alegretes;
ramadas ou latadas encostadas ás casas.
Os modelos devem apresentar as fórmas typicas das diversas regiões e
comprehender as construcções annexas ou proximas que existam como
pateos, saguões, curraes, cavallariças, arribanas, celleiros, lagares,
coelheiras, gallinheiros, muros, vallados, alpendres, etc.
Photographias ou desenhos dos mesmos objectos.
4. Modelos de simples choças, cabanas, choupanas, tugurios,
enramadas, furdas, bardos, bargas, palhoças, palheiros, palhotes,
palhaes, malhas, malhadas, casolas, barracas-de-so-chão.
Photographias ou desenhos desses mesmos objectos.
5. Ornamentos das empenas, beiraes, etc., taes como pombas de barro,
cataventos (grempas, veletas), cabeças de animaes. Ornamentos das
paredes. Azulejos.
6. Plantas e alçados, modelos, photographias ou desenhos de tabernas e
estalagens de aldeia.
7. Taboletas de tabernas, estalagens e outros estabelecimentos aldeãos
(originaes ou modelos).
8. Amostras de materiaes de construcção, empregados nas aldeias,
(com a indicação exacta da sua proveniencia, preço, processo de
extracção, fabrico e transporte), taes como madeiras, pedras, tijolos (de
alvenaria, burro, meia, adobe, adobinho, lambaz, barrote, tabique,
abobadilha), formigão, telha, cal, etc.
9. Litteratura
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