si t?o nobres sentimentos, Inda sendo opprimida, he venturosa. Zombou sempre a virtude da desgra?a, Debalde a emula??o, armando a intriga, Conspira contra ti: mas he preciso Seus designios frustrar: sim....
Ign. ........................ Eis D. Pedro.
Sanc. Queira o Ceo que o conven?as! Eu vos deixo.
SCENA III.
D. Pedro, e Ignez.
Ped. Quanto s?o vagarosos, cara Esposa, Os poucos melancolicos momentos, Que distante de ti saudoso passo? S�� ao teu lado, Ignez, soc��go encontro, N?o existo sen?o quando te vejo.
Ign. Quanto me adoras sei, Principe amado; Mais terno cada vez, mais extremoso, As tuas express?es meu pranto excit?o; Por��m d'amor agora n?o tratemos: Bradando est?o deveres mais sagrados Que preencher te cumpre: antes de tudo Tenho, Esposo, hum favor que supplicar-te: Negar-mo-has tu, Senhor?
Ped. ................ Ignez, que dizes? Tu, que tens na minha alma todo o imperio, Ah! Podes duvidar que eu te obede?a?
Ign. Pois bem, Senhor, attende �� tua Esposa, Ouve meus rogos, e a meus rogos c��de: Se tu s�� junto a mim soc��go encontras, Tambem s�� junto a ti soc��go eu tenho; Por��m quer o destino, o dever manda, Que te apartes de mim por algum tempo.
Ped. Apartar-me de ti? Oh Ceos! Que escuto! Apartar-me de ti? Castro he quem falla?
Ign. He Castro, sim, Senhor, aquella mesma, Que preza mais que tudo a tua gloria; Aquella, cujo brio n?o tolera, Que seja o terno amor, que lhe consagras, Motivo de infringires teus deveres. Bem o sabes, Senhor, em nenhum tempo Procurei ardilosa fascinante: Cedi ao teu amor, porque te amava, Porque em ti divisei huma alma terna, Alma que o Ceo formou para encantar-me, De todas as virtudes adornada. Agora pois te cumpre conserva-las, E a mim n?o consentir que as abandones: Eu de mim propria assaz me horroriz��ra Se visse que as perdias por amar-me. N?o, Principe querido, eu te supplico Por este mesmo amor que a ti me prende, Que �� Corte sem demora te dirijas, Onde teu Pai, talvez j�� fatigado De te chamar em v?o, te espera ancioso. Obedecer aos Paternaes preceitos He lei da Natureza, he lei sagrada; Cumpri-la deves: vai...
Ped. ............... Basta: Eu conhe?o Quaes meus deveres s?o, e sei cumpri-los; Sei que he devida aos Pais a obediencia; Mas igualmente sei que tem limites A Paternal, sagr��da authoridade. Tenho pensado bem no que obrar devo: Justos motivos, que n?o sabes inda, Exigem que eu n?o cumpra as Regias ordens. Obedec��ra a hum Pai, se Pai tivera... Mas eu n?o vejo mais do que hum tyranno Nesse que o ser me d��o...
Ign. ................. Senhor, suspende: He teu Pai; muito embora cruel seja; Tu deves respeita-lo, e obedecer-lhe.
Ped. Se quer que lhe obede?a, e que o respeite, N?o me imponha preceitos deshumanos.
Ign. N?o prometeste ha pouco �� tua Esposa Conceder-lhe o favor que te pedisse?
Ped. V�� pois quando n?o posso comprazer-te, Se terei raz?es justas que me estorvem De obedecer a hum Pai!
Ign. .............. N?o p��de have-las.
Ped. Tyrannos... que nos julg?o seus escravos!(6) Para nos flagellar o ser nos der?o!
(6) Sem attender a Ignez, transportado.
Ign. Tu me fazes tremer.
Ped. .................. Sabe em fim tudo. Affonso, e o Monarcha de Castella Acab?o de firmar a nova allian?a, Em que sem meu consenso contrat��r?o, Qu'eu daria a Beatriz a m?o de Esposo: Para este fim �� Corte sou chamado. Affonso, n?o contente da violencia Que ao meu cora??o fez, quando for?ado De r?jo me levou ante os altares Para unir-me a Constan?a em la?o eterno, Pezado la?o, que rompeo a morte; N?o contente de haver sido o motivo De... Mas que digo? N?o, ah! n?o foi elle; Eu em lhe obedecer fui o culpado: Que desenfr��e agora as suas iras; Que rogue, que ameace; mesmo quando Em secreto Hymen��o n?o estivessem Ligadas para sempre nossas almas, Debalde intentaria submetter-me A hum jugo que a vontade recuzasse, Reconhe?o por��m que a pertinacia, O despotico orgulho de seu genio, Sem que attenda sen?o ao seu Tractado, Querer�� que por for?a o desempenhe. N?o conv��m descobrir nosso consorcio; E outra escusa qualquer que eu fosse dar-lhe D'irrita-lo inda mais s�� serviria. Agora julga pois se partir devo. Se me devo ir exp?r, talvez... quem sabe! A faltar-lhe ao respeito inteiramente... Mas tu choras?.. Que vejo!.. Acaso temes?...
Ign. Nada temo por mim, por ti s�� temo: Sim, quando vejo sobranceiros males, Por desditoso amor originados; Quando vejo engrossar a tempestade, Que me denota proxima ruina; Nem por isso me assusto: o que me afflige, He v��r hum Pai, hum Reino, e o proprio Esposo, Tudo por meu respeito alvorotado. Em situa??o t?o ardua, e t?o penosa, T�� chego a desejar... (infeliz Castro!) Que o sacrosanto n�� que a mim te prende, Este la?o t?o doce, e desejado, Dos bens o maior bem que Ignez possue, A ser possivel, hoje se rompesse, S�� porque tu podesses livremente Obedecer a hum Pai, fazer ditosos
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