K4 O Quadrado Azul | Page 4

José de Almada Negreiros
alvo mudou-se em transparente na passagem das settas hypnotisadas de alvo na meta do infinito cada vez maior. Mas tudo isto era como que uma especie de tampa do quadrado azul que se abria em infinito de po?o illuminado perpendicularmente �� direc??o das energias. Pra l�� da vida igual ao instante j�� o homem n?o pertencia. Come?��ra por se prevenir da mortalidade mas d'esta ignorancia enquistaram-se-lhe os abcessos em dentaduras exteriores arreganhadas como sexos de atavismo inutil. Os proprios repuxos por mais que subissem eram sempre repuxos; por isso que a vida dos repuxos era s�� certificarem-se de que eram repuxos. Por outro lado o verde esquecera-se de si-proprio e empallidecera de esquina contra os olhos. Na manh? seguinte quando recordei o quadrado azul j�� o n?o era sobre a secretaria. Havia era uma carta que eu ainda n?o tinha aberto. A letra era graphologicamente musical e apenas entre aspas sobrepunha ideias inimigas por querem ser cada uma isoladamente a mais necessaria. ?E sendo a propor??o dos priveligiados vantajosamente de 1 pra um milh?o resulta que a concep??o da eternidade demora-se n'uma velocidade acceleradamente retardada de exito um milh?o de vezes. Todas as luctas tumultuosamente-tantalo do cyclo das gera??es dissolvem-se pra passado conseguindo deslocar a sensibilidade pr��l��m de Zenith na distancia exacta em que as dimens?es do homem f?ssem resumidas no ponto mathematico e centro das Zonas esfericas alucinadamente concentricas na suspens?o ether. Tambem todas as energias martyres dispendidas plo genio pr�� Grande Liberta??o inutilizam-se em depositos de Imagina??o santificadamente inutil e crucificam-se involuntariamente desmemoriados da Idolatria da Perfei??o Humana. Tentar divinisar o homem �� o primeiro symptoma da Amn��sia. O homem �� o contraste do divino. As m��mias foram saqueadas e a esfinge refugiou-se-me no cerebro e espreita colossal plos meus olhos abertos. Ao menos salve-se a esfinge! As ameias desdentadas tisnaram-se no grito da ultima posi??o. E eu por ter a esfinge dentro de mim fui mais um gr?o de areia a tapar a esfinge no deserto. Formul��sse-se a absten??o total de dimens?es pr�� forma humana que jamais a loucura ganharia aos repel?es de regressionismo. D'este erro de propor??es sofre o homem actual a influencia dos mundos microbianos em que a dura??o do instante se est��ca el��sticamente nesta certeza da incurabilidade do cancro e nesta r?xid?o de gangr��na lentamente asfixiante da syphilis pregui?osamente deformadora. Neste alheiamento da Felicidade o homem desceu de si pr�� sentimentalismo, pr�� impotencia da descoberta, pr�� limite da inova??o, pr�� mysterio de si-proprio, pr�� irremediavel, pr�� impossivel e neste ergueu em pedestal de raiva o fatalismo como unico alento pr�� resigna??o do cancro. Babel eternizou-se da confus?o das patrias pr�� lucta da autonomia das individualidades porque nem as Religi?es nem as Ma?onarias se acondicionaram onde coub��ssem tantas variedades de infinito. Entretanto, a Idolatria do Eu resmunga nos buzios o direito �� victoria. E toda esta ebuli??o permanente de energias desencontradas e vingativas da degenerescencia aperta-se violentamente dentro do Mysterio com o insulto de preciosidade de bric-��-brac exposta no Museu repelentemente Nacional. Mas o homem quer por f?r?a ser o maior quando as energias deviam iniciar-se d'esta ambi??o pra infinito. A Perfei??o s�� se define onde n?o ha dimens?es e ��, pois, absurdo adapta-la a uma concavidade irregular. Plo contrario, concentrem-se as actividades de recep??o no m��nimo e a Perfei??o possuir�� o limite. A vida seria o instante, a abstra??o mais r��pida e infinitamente menor que o segundo chronometrico. Tambem todas as varia??es da sensa??o se juntariam em uma unica a divergir luminosamente pr��s compensa??es do ether, n'uma emancipa??o da vontade sobre os deslocamentos independentes dos kilos sensuaes da transparencia ao contrario de fazer incidir sobre o cerebro os aspectos restritos desta natureza planetaria t?o can?adamente exgotada. Assim avan?aria o homem sempre e tanto, at�� que pud��sse sucessivamente deslocar de si pr�� terra a no??o do ponto metrico, isto ��, quando o instante de hoje j�� f?sse toda a vida do plan��ta em que nos definhamos numa comprehens?o enganosamente lentissima da eternidade. Mas de tal maneira a maldi??o do homem estava impregnada do Odio de Deus que este horr?r da Eternidade estava multiplicado por infinito. A eternidade existe sim, mas n?o t?o devagar. E teve o homem a illus?o de que creando com a intelligencia a insensibilidade quotidiana talvez se morfiniz��sse no habito da indiferen?a! Mas por mais que exager��sse o homem essa demencia for?ada a que se exgota na inten??o de alcool permanente, toda a premedita??o excitada se adaptaria a n?o consentir ant��dotos pr�� Odio de Deus. Resultaram consequencias vantajosas pr�� homem na inconsciencia mas Deus vingava-se em permitir-lhe victorias de democracia mais e mais atulhantes de paralysia geral na agravante da longevidade nata. E em tal esfor?o de desenvencilhar-se de atilhos que proclamava a independencia pla raz?o, a aristocracia pla intelligencia, o dominio pla f?r?a mas sempre na condena??o de viver no alheiamento
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