E excedia-se em p��ses expontaneamente excentricas a transcrever-me os deslocamentos abstratos do dynamismo interior de uma alma que se exprime subordinamente plo vestir e conter-se. De feito, Eu que tantas vezes me excomung��ra por esta injusti?a de Deus me ter feito homem, e mais ainda por esta inf��mia de Deus me ter nascido portuguez, j�� me transpunha em regosijos por esta realiza??o pratica da minha inteligencia expressa em amante admiradora. Sei apenas que um dia a achara extraordinariamente parecida com o meu desejo de imperar predominantemente-ruivo de esfera de cobre em br��za e dilatada a tal ponto que me pareceu occasionalmente a memoria de me ter mascarado de amante para mim; mas sempre que a quiz��ra recordar definia-se-me sintheticamente em quadrado azul, azul n?o sei qu��. Durante uma semana saira de Lisb?a pra experimentar uma marca nova de automoveis americanos mod��lo 1919 e ent?o o quadrado azul agitou-se nitidamente em azul ��mpar, mas ��mpar *1*. Quando lhe lia os meus poemas contra os olhos d'ella as iris deformavam-se-lhe pra tri��ngulos de genio sem contornos retos, dois deltas-carimbo do Nylo azul iguaes a duas metades do quadrado *1*; e pouco a pouco, agradavelmente, violentos aos solavancos, os olhos d'Ella encaixavam-se �� justa dentro dos meus n'esta necessidade que ha de haver dois a ser infinito. E as formas dilu��am-se-lhe pra turva??es de absinto em suspens?es acc��sas de espasmos venenosamente ricos de quadrado azul. E realizavamos esta nossa sensibilidade commum de termos volumes iguaes sem se repet��rem em nenhum de n��s e atuando igualmente sobre a mesma energ��a que durava ininterruptamente instantes consecutivos cada um dos quaes eram explos?es de intensidade concentrada. S�� um dia �� que reparei que os brincos d'Ella s�� tinham um ponto brilhante pr�� par. A propria cabe?a n?o se lhe definia em coloca??o. Harmonizavam-se-lhe, por��m, os deslocamentos pra uma sympathia imediata de nos remir a ambos de humanidade. Mas at�� as n��doas negramente transparentes sobre o quadrado azul refor?avam-se em oscilla??es esguias quando a minha curiosidade as trespass��sse de desejo. As n��doas come?avam sempre por mamilos de moiras e alastravam-se concavamente em espasmos d'��pio exageradamente dan?as de cachimbo. O velho das barbas estava emendado ao p�� dos bamb��s cheios de p�� de talco e sol.
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O quadrado azul n?o era, por��m, assim t?o facil que n?o f?sse e por muitas vezes desmanchado em pertences de machina sem intens?o e logo atra��dos instant��neamente por um ��man luminosamente-sexo que os concert��sse em movimento de belleza ambigua doidamente-h��lice-toilette. De uma vez, num passeio, o arco-iris foi quadrado at�� ao fundo dos raios X pra l�� do cav��lo transparente n'uma continuidade cinematografica contornando a apologia feminina sagradamente epil��tica em ss de c��o todo realce e posse de reflexos. Se eu me detinha a observar o quadrado pla perpendicular do desejo illuminava-se o palco artificialmente l��ve de triangulo n�� em record azuladamente feminino. Os olhos recolheram-se-me pra dentro de um estertor illuminado a esc��ndalo afogueado e ruivamente doido de artificio. Quando voltei outra vez havia uma carta registada para mim.
*VIGO 15 08 16 PONTEVEDRA* *1^A EXP*
Dentro s�� estava um quadrado azul. Nem um defeito minimo em qualquer das faces. Apenas a c?r caprichava em n?o se definir e de tal maneira que Eu j�� duvidava de o ter visto azul. Do quadrado saltou uma espiral de cobre ascendentemente m��la ofensiva d'onde se balanceava a minha cabe?a congestionadamente acc��sa em embriaguez-vertigem de Carnaval-egypcio. A luz espalhou-se igual por todo o quarto sem fazer sombras por detraz dos moveis transparentes de m��do nas veias ?cas de azul quadrado. Talvez que o azul �� que f?sse quadrado mas havia tambem e por toda a parte um s�� quadrado azul que enchia o quarto todo e sempre com um dos v��rtices onde Eu fit��sse. D'esse v��rtice partia um lado do quadrado em direc??o ��s capitaes por um arame equilibrista de aventura. Quanto mais o v��rtice se aproximava de mim mais se mudava o tal lado animado do quadrado em chic��te brutal de zig-zag ��cho de zinco equestre em brouaha-gallope d'inunda??o-amp��re. Completamente igual e sem origem a luz era sempre a face do quadrado voltada para mim em record. ��s vezes eram as duas faces voltadas para mim dentro do mesmo quadrado e com um dos v��rtices a magoar-me o centro do craneo acc��so em deboche pra dentro. Tabaco de Espanha e cinta belladona e f?go negro batuque Loanda Cabinda Zona Equador 0^o = 40^o �� sombra La creolita, la novia del toreador *Terre Sienne Brul��e*. As par��des quando desabavam sobre o ch?o atapetavam o quarto de quadrado azul. Quando desabaram as quatro par��des e o tecto eu j�� era o quarto illuminado a quadrado azul e
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