as azas um córte lhe aprezenta,?Que o fas baquear em terra. Novamente?Em majestozo toiro convertido?Impetuozo avansa: enta? por terra?C'o a forsa do boléo o Eroi caindo?Aos cornos se lhe agarra, e novo Alcides?O faria em pedasos desta feita,?Se em mosca transformado, n'um momento?Lhe na? foje futil, cobarde, e fraco.
Entretanto a carnajem sanguinoza?Voando devastava o campo todo,?E d'ambos os exercitos provava??Os nobres Capitains dezasombrados?De valor na? comum, na? vulgar fama.
Mas a gente marinha desangrada?Do ferro Bacanal ja na? podia?De brutos ta? indomitos a sanha?Nas filas sustentar. Entra a dezordem,?E toca a retirar. Ja de Anfitrite?Aos palacios Reais se encaminhava?O férvido Titán palido, e triste?A darlhe a infausta nova da derrota,?Que em sua gente a seu máo grado vira.?Caindo as sombras vem dos altos montes,?E d'uma, e d'outra banda sepultura?Se entra a dar aos cadáveres que alastra??O campo da batalha, e da? aos olhos?O orrorozo matís que a Guerra estende.
[12] Caetano. O mencionado no Canto antesedente.
[13] Doutor Rito. Um dos papeloins mais celebres que o ocio nutre. Ainda que nunca lhe lembrou seguir os estudos, andou nos primeiros tempos de batina; foi Doutorado por seus mesmos Pais, e na sua propria caza, servindolhe ums calsoins de riso azul da insignia de capelo. Palra sempre de autoridade; he sorumbatico de natureza, e quazi sempre anda com tericia. A sua caza he de orates.
[14] Xaves. Bebado da 2.a espece: he de um notavel dezembaraso, de uma verbozidade pasmoza, e de uma mania de fazer trovas insofrivel.
[15] Antonio do Ministro. Foi em Aveiro um dos Taverneiros principais.
[16] Matrona. Uma _ejusdem furfuria_ bem conhecida no Porto pela alcunha de Rainha.
[17] Serralheiro. Irma? do Gigante Dramuziando, filhos do Entuziasmo, e da Fantazia.
*CANTO VI.*
Geme o Padre Oceano inconsolavel?No fundo de seu peito, e mais aguda?Comesa a renovarse a d?r antiga.?O malogrado fim de seus dezenhos?He um dardo punjente, que as entranhas?Lhe pica, e despedasa; e quem na? soube?Dos purpureos Erois ceder ás forsas,?Em fim cede á mortal melancolia.?Tanto póde a paixa? n'uma alma grande!
Fexase triste no tentorio Regio;?Nimguem ouza falarlhe; solitario?Só quer por companhia o pensamento.
Pasadas oito oras em silencio?Manda entrar os seus Cabos: pensativo?Sobre a meza encostado o cotovelo?Na ma? esquerda descansava o rosto,?Gotejandolhe em lagrimas banhadas?As venerandas cans da longa barba.
Amados filhos (vagarozamente?Tendo erguido o semblante macilento?Asim lhes dis) Amados filhos, nunca?Ta? fera atasalhou meu peito forte?A tirana Paixa?! Nunca minh'alma?Tanto vi afracar!... Fatal derrota?Foi esta que no livro do Destino?Lavrada estava em caratéres negros?Pela férrea ma? da atrós Desgrasa!?Nosas forsas (as forsas invenciveis?Que tem amedrentado o mundo inteiro!)?Abatidas as vedes, destrosadas?Por barbaros Salvajems, por ums brutos?Que nada por si tem mais que fortuna.?He pois tempo, surjamos acordados?Deste pelago vil de cobardia?Onde a triste vergonha nos asoita.?Para o imigo venser quem se embarasa?Que aja esforso, e valor, ou que aja dolo??O que forsas na? da?, ardís alcansem.?Todo aquele que vir que melhor póde?Ao exito xegar do que intentamos?Meta ma?s ao trabalho, dêse présa?E reduza a pedasos esta canga?Que tanto no caxaso nos carrega.
Levantase do asento enta? pacato?O Velho guardador dos grandes Focas,?E no meio do cónclave luzido?Dest'arte descarrega a consciencia.
Até'gora eu na? quis a colherada?Nestas coizas meter; vós tendes feito,?Tendes acontecido, sem quererdes?Pedirme, nem ouvir os meus concelhos,?Porem quando a tortura a tal extremo?As coizas vai levando, oporme devo,?E servir a meu Rei, qual poso, e valho.?Os Deuzes, caro Pai, tem-me ensinado?As coizas do por-vir caliginozo,?Eu antevi estes dezastres feios,?Mas eu sem ser forsado na? predigo.?Por castigo talvês dos Deuzes fose?Ao voso dezacordo.... Porem basta,?Ja tudo se pasou, agora eu mesmo?Tomar á minha conta a empreza quero.?Socega, amado Pai, o Eroi da pinga?De meus tiros o alvo a ser comesa.
Recobrou novos animos o Padre,?E do filho nos ombros sempre firmes?O pezo descansou da grande guerra.
Proteo, que nos ardís exp'rimentado?F?ra sempre instrumento a mil fasanhas;?E cuja calva frente laureada?De importantes facsoins sempre saíra,?Um pouco sobre o cazo consid'rando,?Este acordo felis contente abrasa.?Vaise ter com a Astucia enganadora.?He esta uma rolisa Mosatona,?Que vestida de peles de rapoza,?E empunhando na dextra um rico cetro?Domina sobre os omems; manda, impera?Os indomitos tigres, quais cordeiros.
Em quanto pois bulindo dezenvolta?Lhe xameja? os olhos inquietos?Por ouvir o que quer dizerlhe o Velho,
Eu quero, lhe dis ele, que te empenhes?Agora em socorrerme quanto pódes.?De Baco um General meu inimigo,?Xamado por alcunha o Santareno,?Do esforso ou da fortuna socorrido?Tem triumfado das aguas. Oceano?Ja derrotada a flor de sua jente?Suspira inconsolavel. Mas dos livros?Do tremendo Destino irrevogavel?Eu sei que o Santareno ao ferro ao fogo?Na? tem de dar a vida nas batalhas;?Pois uma pouca d'agua em ora infausta?Bebida, ha de arrancarlhe ao corpo o sprito.?O buzilis porem consiste agora?Em fazerlha beber sem que ele o saiba,?Por quanto este animal temlhe odio eterno.?Todavia a este laso que lhe tramo?Fugir na? poderá. N'um arrabalde?Na? lonje da Cidade, brevemente?Farsehá uma funsa? que ele na? perde.?Aqui pela canseira do caminho?Moído xegará, suado, e laso.?Forsozo he pedir vinho, isto na? falha.?Tu
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