Ruy o escudeiro: Conto | Page 2

Luís da Silva Mousinho de Albuquerque
Tome a nossa vassallagem:
Sempre ao povo seu acuda
Ou Elle, ou sua linhagem:
Seja pr'a sempre real
A coroa de Portugal.

Sempre entro n��s haja Rei
Natural de nossa terra,
Que na paz conduza a grei,
E que a defenda na guerra,
Qual o primeiro real
Affonso de Portugal.
Em quanto uns assim cantam dos soldados,?V?o outros pelo campo divagando:?Estes colhem despojo inda espalhado,?Aquelles secco matto v?o cortando;?Ascende ao ��r o fumo, que enrolado?Das accezas fogueiras vem manando,?Onde est'outros preparam o alimento?Dos membros lassos pr��vido sustento.
J�� o Sol menos ardente
Para o ponente descia,
Temperando a calma do dia
A fresca brisa nascente,
No occaso reluzente,
De ouro e de purpura ornado,
Guarnece o ceo azulado
A orla de nevoa espessa,
Novo dia que arremessa
Pintando um dia acabado.
Tinha chegado
A hora amena,
Nos nossos climas
T?o suave, t?o doce, e t?o serena,
Hora, que em tempos
De paz dourada,
Dos lavradores
�� t?o presada;
Quando termina
Do dia a lida,
Quando o descan?o
Restaura a vida.
Sopra da tarde
Grata frescura
Reanimando
Murcha verdura.
Vem o novilho,
J�� libertado
Do duro jugo,
Pascer no prado.
Sobem dos campos
Os segadores.
Ledos cantando
Ternos amores.
Gentil mancebo,
Que amor encanta,
Ao som das c��rdas
As penas canta,
Em quanto em giros
Linda pastora
Co'a dan?a leve
Mais o namora,
Hora sem par, em que
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