finda que seja a sua viagem.
Com li??es de duas horas, e com uma exacta applica??o, o principe tem podido vencer os estudos difficeis e variados, que ficam indicados.
Assim educam os reis de Portugal os seus filhos.?
�� claro que estas informa??es procedem directamente do pa?o. Tudo o comprova: as datas, os titulos dos compendios e as suas edi??es, a ordem detalhada dos estudos, as horas de li??o, etc. Estamos por tanto em frente de um testemunho authentico, de um documento historico.
Analysemol-o.
Vossa alteza �� bastante mo?o ainda e bastante robusto para que o seu cerebro haja resistido ��s influencias d'esse regimen aniquilad?r de toda a intelligencia.
Note pois vossa alteza, em primeiro logar, a lingoa de preto em que est�� redigida esta exposi??o.
Para dizer uma coisa t?o simples, o stylo do mestre de vossa alteza rabeia na confus?o mais contorcida e mais comichosa, em lucta com a pobresa de um vocabulario estreitissimo, de creada de servir. _Come?ou pelo estudo aprofundado ... Depois come?ou os estudos de philosophia ... Come?ou em seguida o estudo do direito ... Parallelamente seguiu o estudo systematico ... seguindo como base, etc._ Mas, Deus piedoso! isto n?o �� escrever, isto �� co?ar-se. Quem n?o pode exprimir-se melhor �� que vae ter furunculos, e n?o deve escrever, deve tomar salsa parrilha.
Para julgar um tal plano de estudos, basta que vossa alteza um dia, ��s escondidas d'esses senhores, abra um livro de um pedagogista, seja qual f?r. Em qualquer artigo de encyclopedia vossa alteza ler��, de resto, que o fim da educa??o �� preparar o homem para a mais perfeita felicidade d'elle mesmo e para a felicidade dos seus similhantes em virtude da sua adapta??o mais fecunda ao meio physico, ao meio economico, ao meio politico, ao meio esthetico, ao meio moral. Na parte relativa aos conhecimentos, ou �� instruc??o propriamente dita, a educa??o tem por objecto fazer-nos conhecer as manifesta??es ou os phenomenos do universo, principiando naturalmente por estabelecer as diversas categorias em que esses phenomenos se dividem. _O cathecismo da doutrina do real_, (citamos o que ha de mais elementar), reduz succintamente todos os phenomenos que a educa??o tem por fim submetter �� nossa investiga??o ��s seis ordens seguintes:
1.--Os phenomenos da quantidade, da f��rma, da extens?o e do movimento, ou phenomenos mathematicos.
2.--Os phenomenos do movimento dos astros, da sua dimens?o, das suas distancias respectivas etc., ou phenomenos astronomicos.
3.--Os phenomenos do calor, da luz, da electricidade, do magnetismo, da acustica, ou phenomenos physicos.
4.--Os phenomenos de combina??o e de decomposi??o, ou phenomenos chimicos.
5.--Os phenomenos proprios aos seres vivos, ou phenomenos biologicos.
6.--Os phenomenos do desenvolvimento das sociedades, ou phenomenos sociaes.
Entre estas diversas ordens de phenomenos ha uma correla??o de dependencia successiva. De sorte que se n?o podem conhecer os phenomenos da 6.a categoria sem conhecer as da 5.a; n?o se podem conhecer as da 5.a sem conhecer as da 4.a; e assim por diante.
N?o se aprende a astronomia e a physica terrestre sem no??es mathematicas. N?o ha chimica sem uma constitui??o anterior da physica. N?o ha phenomeno vital que se comprehenda sem o conhecimento previo da synthese chimica. N?o ha finalmente facto social que se defina scientificamente sem o conhecimento da synthese biologica.
As sciencias cujas leis regem os phenomenos dos differentes grupos a que nos referimos acham-se hoje constituidas e chamam-se as sciencias fundamentaes.
Cada uma d'estas sciencias se estuda por um methodo que lhe �� privativo e a que corresponde o desenvolvimento progressivo das nossas faculdades. Assim o methodo das mathematicas �� o do raciocinio por deduc??o; o da astronomia �� a observa??o; o da physica �� a experiencia; o da chimica �� a analyse; o da biologia, assim como o da anthropologia, ou biologia applicada ao homem, �� a compara??o; o da sociologia �� a observa??o critica e a filia??o historica.
A enuncia??o d'esta ordem hierarquica dos conhecimentos deve-se a Augusto Comte; e esta �� a parte da doutrina d'esse poderoso renovador da mentalidade humana que ninguem at�� hoje discutiu nem contestou nas grandes linhas geraes. Esta methodisa??o �� t?o clara, t?o consistente e t?o fecunda, que n?o ha hoje systematisador que a n?o adopte como a mais segura das chaves para a coordena??o das ideias.
Emquanto �� applica??o d'este principio �� educa??o diz Spencer:
?Que na educa??o se deve proceder do simples para o composto �� uma verdade sobre a qual em certa medida todos se fundam. O espirito desenvolve-se. Como todas as coisas que se desenvolvem, elle progride do homogeneo para o heterogeneo; e como um systema normal de educa??o �� a contraposi??o objectiva d'essa marcha subjectiva, deve conter a mesma progress?o. Esta formula assim interpretada tem um alcance muito maior do que �� primeira vista parece; porque o seu principio implica n?o s��mente que temos de proceder do simples para o composto no ensino de cada um dos ramos da sciencia, mas que outro tanto devemos fazer com rela??o ao conhecimento
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