Tratado das Ilhas Novas | Page 4

Francisco de Souza
legoas d'esta Ilha S?o Thom�� est�� outra Ilha que se chama o Bom Jhus, os quaes nomes foram postos por mim mesmo por serem os mesmos dias em que as descobria em altura de 33 gr��os; e tem de Leste a oeste ou Sueste de comprido 15 legoas, e de largo mais de 7 conforme as alturas que para isso tomei, e com formozas Bahias por todas as faces, e pela banda do Sudoeste afastado d'ella um Ilheo grande como consta da alumina??o da carta que tenho feito, em que se achar�� tudo isto que digo muito certo.
FIM

NOTAS
[1] Frontespicio linha 11 e pagina 4 linha 3.
*Oito centos e tantos*, deveria o autor dizer.
[2] Frontespicio linha 16.
*Sessenta*--Barbosa na Bibliotheca Lusitana diz--*setenta*.
[3] pagina 5 linha 10.
A chronologia indicada no titulo do presente opusculo �� clara e positiva, mas como concilial-a com esta do texto? Como explicar tal divergencia em obra de t?o pequeno folego? Em todo o caso, esta �� a preferivel por mais explicita e naturalmente mais pensada. Assim teremos para data da colonisa??o referida o anno de 1525, aproximadamente.
[4] pagina 5 linha 10.
O padre Antonio de Carvalho na sua Corographia portugueza, tom. 1.^o pag. 182, (2.^a edic. Braga 1868) e tom. 1.^o pag. 205 da 1.^a edi??o tratando da Comarca de Viana, diz, a proposito da freguezia de S. Juli?o de Moreyra, concelho de Ponte de Lima, o seguinte:
?N'esta freguezia �� a casa do Outeiro, solar dos Fagundes, cuja familia tem dado pessoas grandes de que descendem muitos fidalgos, e foram os primeiros que com gente de Viana descobriram a Terra Nova, e que n'ella tiveram fortifica??o de que eram senhores, e por sua conta corria a pesca do bacalhau em quanto Inglatterra a nao tomou.? Conforme o mesmo autor, os Fagundes alliaram-se com os Pereiras Pintos de Bretiandos. A pag. 14 do Theatro Geneologico de D. Tivisco Naz��o Zarco etc. igualmente se diz Jo?o Alvares Fagundes, Capit?o da Terra Nova.
A representa??o d'estas familias est�� hoje no senhor conde de Bretiandos.
Existir?o ainda no archivo d'esta casa memorias ou documentos relativos aos factos que aponta o autor supracitado?
[5] pagina 6 linha 1.
Sem pertender-mos alterar a denomina??o actual d'esta ilha, nem a esta indicar nova origem, lembraremos comtudo a proposito da palavra brit?o a seguinte passagem da Azurara, na Chronica de Guin��, pag. 304:
?E porque em terra eram tantos d'aquelles Guineus, que por nenhum modo podiam sahir em terra de dia nem de noite, quiz Gomes Pires mostrar que queria sahir entre elles por bem; e poz na terra um bollo e um espelho e um folha de papel no qual debuxou uma cruz. E elles quando vieram, e acharam alli aquellas cousas britaram o bollo e lan?aram-no a longe, o com as azagaias atiraram ao espelho at�� que o britaram em muitas pe?as e romperam o papel, mostrando que de nenhuma d'estas cousas n?o curavam.?
[6] pagina 6 linha 6.
Ainda que o autor s�� genericamente diz que refor?aram a colonia alguns casaes tomados de passagem nas ilhas dos A?ores, parece-nos que o seriam unicamente na ilha Terceira, pelas estreitas rela??es de familia e de commercio que ent?o havia entre ella e Viana.
A provincia do Minho foi das que mais concorreram para a colonisa??o d'aquella ilha. Sam diversas as antigas familias terceirenses procedidas e ligadas com familias de Viana. D'ali veio Rodrigo Affonso Fagundes, da propria casa do Outeiro, e delle procedeu larga e mui distincta posteridade. Sua terceira neta Beatriz Fernandes de Carvalho, casou em 1546, com Pedro Pinto, de Viana; casa depois ali denominada da Carreira, e hoje representada pela exm.^a senr.^a D. Maria Izabel Freire d'Andrade, de Lisboa, que por via d'aquella allian?a ainda hoje possue n'aquella ilha e na de S. Jorge uma grande casa.
O mesmo sr. conde de Bretiandos ainda hoje possue casa na Terceira, procedida de D. Maria de Souza mulher de Dami?o de Souza de Menezes, irm? de Gon?alo Vaz de Souza instituidor sem gera??o filhos ambos de Antonio de Souza Alcoforado e de Cecilia de Miranda da Ilha Terceira.
[7] pagina 7 linha 3.
Jo?o Affonso. �� este nome bem conhecido na historia maritima de Fran?a, como marinheiro, hydrographo e geographo. Deixou uma Hydrographia ms., hoje existente na Bibliotheca Nacional de Paris. D'ella se publicou um extracto em 1559, tempo em que j�� era morto o autor, com o titulo de--Voyages aventureux du capitaine Jean Alphonse, Saintongeois.--Foi em Saintonge, perto de Cognac, que elle estabeleceu o seu domicilio; d'ahi o appellido de Saintongeois com que o vemos tratado depois de sua morte, qualifica??o que ficou servindo de titulo �� perten??o franceza de o haverem por seu conterraneo.
L��on Gu��rin, tratando de Jo?o Affonso no seu livro intitulado--Les Navigateurs Fran?ais,--n?o occulta que Charlevoix ?por falta de estudo a este respeito, e depois d'elle muitos autores francezes, dizem ser nascido em Portugal ou na Galliza, asser??o esta, de que os
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