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The Project Gutenberg EBook of Relaçam dedicada A Serenissima
Senhora Rainha da Gram Bretanha da Jornada que fes de Lixboa the
Port-ts Mouth, by Sebastião da Fonseca
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Title: Relaçam dedicada A Serenissima Senhora Rainha da Gram
Bretanha da Jornada que fes de Lixboa the Port-ts Mouth
Author: Sebastião da Fonseca
Release Date: October 27, 2006 [EBook #19641]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
0. START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK RELAÇAM
DEDICADA A ***
Produced by Pedro Saborano (Este ficheiro foi produzido
a partir da
digitalização do original, disponibilizada
pela Biblioteca Nacional de
Portugal - This file was
produced from images generously made
available by the
National Library of Portugal)
Relaçam Dedicada A Serenissima Senhora Rainha da gram
BRETANHA Da JORNADA que fes de Lixboa the POR-TS MOUTH
_Pello P. Sebastiaõ da Fonseca Mestre, Cappellaõ, E Presidente Em O
Hospital Real de todos os Sanctos na Cidade de_ LIXBOA.
_LONDRES_
Na Officina de _F. Martin Fa. Allestry & Tho. Dicas._
_Anno 1662._
A Serenissima Senhora Rainha da gran Bretanha
Dando lhe O
Parabem da Chegada, e pedindo lhe Licença
para escrever a jornada.
A daruos o parabem
chega minha confiãça.
nem toda desuanecida
nem toda desconfiada.
Galas tras de muitas Cores
porem todas desmayadas
ou seja pelo
que intenta
ou seja pelo que alcança
Lixboa a cor de ciume
e Londres a da Esperança
lhe da; porem
certo he
que vos lhe eis de dar a gala
E jâ revestida toda
de vossa grandesa e fama
nam teme ser atrevida
menos ser vituperada.
Inda que tosca e groceira
con vox pura limpa e clara
entra a diser
seu papel
e desta maneira falla.
Parabem vos dem ô Deusa
de quanto o Oceano banha
desde o
nascente ao poente
desde Lixboa a Bretanha
Parabem vos dem senhora
destas christalinas aguas
que a
esperaruos vem vestidas
de chamalote de prata
Parabem vos de tambem
quem tamb[~e] vos acompanha
esta naçam
Portuguesa
poucos corpos muitas almas
Parabem vos dem os grandes
pequenos e toda a casta
porque a taõ
casta bellesa
venham todos festejalla.
Parabem, vos dâ por mi
tambem minha confiança
por mi, como
entereceiro
por si, como entereçada.
Perdoa ilhe, por quem sois
pois naceo na vossa patria,
e he de
Lixboa, que ausente
estas ditas, chora e canta.
E se a caso dais Licença
pintarâ toda a jornada,
despedidas de
Lixboa
e entradas da gran Bretanha.
_DEDICATORIA A SERENISSIMA SENHORA
RAINHA DA
GRAN BRETANHA_
Serenissima senhora
a quem todo o mundo acclama
por bella
Estrella do Norte
Lusido Sol da Bretanha.
Vos que depondo o socego
quisestes romper as aguas
por enxugar
as dos olhos
que ha tanto a patria derrama
Se bem de teruos presente
hera a gloria e dita tanta,
que a presente
ausencia chora
quem os futuros chorâua.
Vos que tanto â vossa conta
tomastes a nossa causa;
que se nam
sentem as custas
vincendo vôs a demanda
Vos que pello bem comum
deixais o logro da patria
porque ella
consiga ditas
posto que sinta as distancias
Ouui a vôx desta pena
que glorifica discanta
por ter ja Licença
vossa
para pintar a jornada.
Se naõ chegar o pinsel
a pintar cousa taõ alta
em jornada taõ
comprida
bem posso pintar de auguada
Que o colorido talvez
con as distancias desmaya
vâ de pintura
senhora
e vosso amparo me valha
_IORNADA DE LISBOA, TE PORTSMOUTH._
Aos vinte e tres de Abril
entre semana, e semana
h[~u] Domingo
qu'entre todos,
se tem por dia de guarda
Depois daquella grandesa
de que todo o mundo pasma
em que o
pouo fes extremos
e os grandes conta das galas
De tantos arcos triunfantes
as ruas todas ornadas
que tudo hera h[~u]
Rocio
por donde a aurora passava
Passou dos arcos à ponte
que marauilhosa estava
bem me rio eu que
o Rio
visse cousa mais galharda
Chegou toda a fidalguia
pondosse em vistosas alas
porque â Estrella
do Norte
Seruissem todos de guardas
Viram todos a estrella
dessia o sol para as aguas
posse o sol; e
apareceo,
mais h[~u]a estrella na barca
Fes Portugal marauilhas;
tudo amor perfeito causa,
e embarcando a
primauera
deram os nauios salua
Os marinheiros sobidos
pellos velames exarcias
enchiam o ar de
viuas
e os barretes de vayas
Ouue fogo como terra
de tiros e luminarias,
teue o ar suas quenturas
suas fogagens as aguas
Veyo Rompendo a menhan
e cuido que nam chegâra
se lhe nam
dera licença
o sol que escondido estáua
Leuou ferro a Nao Real
(quero diser Capitania)
se he que pode
leuar ferro
quem leua em si tanta prata
Levaram ancora todas
despediramsse de Almada
emquanto a alma
do pouo
se despedio da sua alma
Fiseram as cortesias
a Pallacio, que chorâra
se a Capitania nam fora
cõ o pano tomar lhe as lagrimas
Foi largando as Velas todas
deixando naquellas prayas
Cantidade
de suspiros
e grande numero de ancias
Em sancto Amaro ficou
porque estava bem lembrada
de que outra
terça feira
a dera o sancto bem sancta.
Porquanto as terças do Ceo
herda Portugal nas Chagas
e nam pode
ter ma sorte
quem ternos e quinas lança
Viramsse as Magestades
este dia; quem jurâra
que fosse Atlante
h[~u] madeiro
de dous tam grandes Monarchas
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