hera do en?o?o?remedio a vaca salgada
Ja nam ouuirey ringir?o Nauio; n[~e] as camas?andaram pellos beliches?de h[~u]a para a outra banda
Ja nam irey ao conues?diuertirme, con as tabulas?nem a noite, o sete estrello?ver se fica juncto a barca
Ja nam ouuirey de noite?as voses desentoadas?daquelles nossos ratinhos?amigos de roupa branca
Ja entrou a Nao real?com ajuda das fragatas,?que por aver pouco vento?se quis valer destas tra?as
Ja lan?ou ferro, e tambem?lan?a ferro toda a Armada?ja de terra, as fortalesas?se enchergam pellas fuma?as
Ja chega? todos os botes?rodeando a Capitania?prouidos de galhardetes?e bandeiras arrastradas
Ja o bargantin do Duque?se chega para as escadas?da Nao Real, para ser?archiuo de luses tantas
Ja desse o sol de Lisboa?ja entra a lux da Bretanha?ja a bandeira Real?se abate da Capitania
Ja o bargantin alu?ra?aquella son?ra arpa?que ade tocar alg[~u] dia?con?onancias, e na? fal?as
Deu a uella e tam uel?x?cortou a liquida prata?que nam sabiam os olhos?se corria, ou se uoaua
Buscou a terra, e fes muito?porque quem se uê tam alta?so fas men?am do sublime?so do subido se paga
Porem nam pode chegar?talues por amor das aguas,?e destenperando as cordas?esperou alguás pausas
Chegou outro bargantin?mais pequeno, vox mudada?donde a prima da bellesa?quis desser mais requintada
Foi terceira h[~u] instromento?que nam tem segundo, e basta?que uisse ler de Cadeira?h[~u]a bellesa tam rara
Poucos compassos fiseram?os remeiros, quando a prancha?se pos em terra, e de h[~u] golpe?saltaram todos na praya
Adonde estauam os ter?os?que guarneciam a pra?a?gente bem paga do Rey?e da Raynha bem paga
Gente toda muy lusida?cortês, como bem criada,?deuotos, porque nenh[~u]?faltou do ter?o na salua
Hiamos todos diante?admirando c? as gallas?Portuguesas, e o capricho?da na?am que a Deos mais ama
Depois dos ter?os segui?sse?os Vreadores da Camara?se bem pareceo Cabido?por ter porteiro da ma?a
Entramos dentro em Palacio?que hera h[~u] Castello da pra?a?e apeouse da Carroc?a?aquella diuina Pallas
Tam armada de bellesa?como de capricho armada?abrindo lhe a estribeira?quem no seruir se estribaua
Subio pella ma? do Duque?entrou na primeira salla?que inda teue h[~u] par de panos,?c? estar tam bem armada
Muita fidalguia inglesa?muita pluma, muita gala?muita fita, muita ceda?muito ouro, muita prata
De fina tella uestidas?estauam todas as damas?c? muitos signais no rostro?e c? repiques na gra?a
Beyjar?o todas a mam?aquella bella Diana?de quem; as setas dos olhos?seruem cora?oens de aljaua
Entrou para descan?ar?de tantas penas passadas?de tantas glorias presentes?que tambem a dita can?a
Nam lho permetio o pouo,?porque a gente aluora?ada?sem perder do Pa?o a Vista?perdia o pa?o em buscalla
Deramnos bons aposentos?c? camas tam regaladas?que o aliuio das pennas?se achou nas penas das camas
Os regalos heram muitos?a terra das muito fartas?a gente muito cortes?e muito lindas as casas
Por baixo muitos jardins?por sima muitas uarandas?estas muito uermelhinhas?aquellas menos coradas
O gouerno excellente?e dos domingos a guarda?muyto mayor que a do Rey?c? ser tam grande Monarcha
Os catholicos ouuiam?missa, c? deua?am tanta?que puderam aprender?alguns dos da nossa Patria
Em Pallacio se desia?missa, Domingo e semana?e sobre a tarde, cantauam?tons, os musicos da Camara
Chegou de Londres El Rey?cuido, que a ter?a ou a quarta?para leuar para a quinta?quem requinta a mesma gra?a
Muito a taballe diante?muita trompeta bastarda?a cujo estrondo, atirou?toda a artelharia a pra?a
As Carro?as, sem contia?e a Caualaria tanta?que sendo guarda do Rey?fasiam mil quatorsadas
Seguiamsse logo a estes?quatro porteiros da cana?que heram; por dados do Rey?quadernas afortunadas
Seguiamsse muy vistosos?os officiaes da Casa?botoens de Rosas a vista?na cor verde e encarnada
Tambem os seus Capellaens?vieram c? negras gallas?galhardos a toda a ley?porem nam á ley Romana
Atras destes se seguiam?os seus soldados da guarda?no meyo a Real carro?a?chea de olhos sem pestanas
H[~u]a tropa de Cauallos?Leuaua de retaguarda?que se armauam bem de peitos?por b[~e] guardar lhe as espaldas
Apeousse a Magestade?(digo o Rey da gr? Bretanha)?cuja Magestade nunca?podera ser apeada
Salua lhe deram real?os ter?os, e toda a pra?a?e quem morria por vello,?por vello vivas lhe daua
Sobio a Pallacio, donde?vio aquella Estrella d'alua?emferma de tanta ausencia?nos bra?os da Esperan?a
Sem interpetre fiseram?as cortesias vsadas?que nam ha mister ter lingua?corpo que tem duas almas
Como tinha satisfeita,?aquella primeira causa?veyo dar a ma? a tantos?que o trasiam nas palmas
Foj correr as fortalesas?o que esfor?ado Monarcha?pois tam ferido de amor?nam quer largar inda as armas
Correu toda a Villa, e certo?que foj cousa muy notada?quando os Reis a todos dam?roubar elle tantas almas
Nam tem que ver o retrato?c? o magestoso da cara?que se he sombra deste asombro?a lux sempre foj mais clara
Aqui fique a Musa agora?por quanto a lux se me apaga,?a penna vay sendo gro?a?a tinta vem sendo branca
Fique em Porstmout a thalia?que tambem do mar can?ada?nececita que lhe demos?feria no fim da semana
Ella promete ao leitor?finos pinseis, cores claras?para pintar os Paises?de Porstmout, para a Bretanha
E em tanto que fica ausente?aceite essa doce patria?o desejo de seruilla?e a vontade de logralla
_Finis laus Deo._
Notas da transcri??o:
Por n?o existir nenhum caracter ascii correspondente às letras "u com til" e "e com til", foram esses caracteres?substituidos pelas marcas [~u] e [~e] respectivamente.
End of the Project Gutenberg EBook of Rela?am dedicada A Serenissima Senhora Rainha da Gram Bretanha da Jornada que fes de Lixboa the Port-ts Mouth,

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