Manuel da Maya e os engenheiros militares portugueses no Terramoto de 1755 | Page 8

Cristóvão Sepúlveda
que geralm.^{te} se reconhecem no terreno e prayas do sitio de Bellem, e suas vizinhan?as, livrando os habitadores do horror [~q] conceber?o na destrui??o da cid.^e arruinada; e com incomparavel brevid.^e e boa organiza??o de ruas e de edif.^{os} [~q] formar? h[~u]a Lix.^a nova, sem [~q] os dominantes dos edif.^{os} de Lix.^a destruida tenh?o de [~q] se queixar, pois se lhe n?o faz viol.^a alg[~u]a, nem se lhes impede a reedifica??o dos seus edif.^{os} p.^a se valerem delles �� sua vontade. Acrece mais, [~q] ainda [~q] se lanse m?o de qualquer dos ant.^{es} modos, 2.^o, 3.^o e 4.^o em [~q] as ruas se alarg?o, sempre hade ser precizo estenderse Lix.^a at�� Bellem, ou ainda a mayor dist.^a p.^a acomoda??o da m.^{ta} gente [~q] ficar�� necessitada de commodo por causa da diminui??o das cazas; pois [~q] as de quatro e sinco pavim.^{tos} ficar?o convertidas som.^{te} em dous; e em h[~u] sitio em [~q] havia quatro ou 5 ruas, ou mais, se converter?o em duas ou 3 ao m.^{to}: e se depois de vencer m.^{tas} dificuld.^{es} com grandissimo trabalho, dispendio, e dila??o de tempo, se hade procurar o asylo de Bellem, melhor parecia buscarse logo p.^a mayor facilid.^e satisfa??o do publico, e escuza de despeza. Tambem a sumers?o do novo caes da Alfandega do tabaco, parece estar aconselhando [~q] se n?o avezinhem a hum lugar [~q] mostra estar combalido de contr.^o fortissimo, [~q] poder�� continuar em o perseguir, e a tudo [~q] o acompanhar. Tambem parece favorecer esta opini?o o acharemse em Portugal alg[~u]as cid.^{es} e povoa?oens [~q] conserv?o os nomes de outras destruidas, cujas ruinas se percebem ainda em dist.^{as} proximas, sem se especificar a raz?o daquella repiti??o de nomes, e de lugares; mas discorrendo qual poderia ser, nenh[~u]a raz?o me occorre mais propria e competente p.^a este efeito do [~q] outra sem.^e a [~q] temos diante dos olhos, fazendo antes elei??o de formar h[~u]a cid.^e e povoa??o nova em sitio mais favoravel, do [~q] renovar h[~u]a destruida por sem.^e accidente. Tambem pode fazer pezo nesta elei??o a observa??o de ser mais violento e eficaz o efeito do terremoto na p.^{te} mais repleta de habitantes cujos excretos, penetrando e permeando mais os poros da terra, poss?o concorrer com mayor adjutorio p.^a a formatura do terremoto, ou atrair a si os seus efeitos com mais sem.^e e abund.^e simili. O [~q] podendo ser assim tambem aviza, [~q] se evite q.^{to} for possivel a continua??o de hum tal atractivo. Persuado-me ter lido [~q] j�� Lix.^a padeceo persegui??o de terremotos por tempo de um anno; e como o fogo me consumiu todo o adjutorio de [~q] me valia p.^a narrar com seguran?a, n?o poderei determinar o tempo nem o vigor de seu principio, nem alg[~u]as mais especialid.^{es} que occorrer?o; mas sempre pode servir de exemplo, de [~q] a communica??o dos taes excretos possa servir de alim.^{to} p.^a sem.^e destro?o. A multiplicidade de terremotos, que tem padecido Constantinopla cid.^e populosissima parece corroborar esta supposi??o: quae sola non profunt, multa collecta juvant.
8.--At��qui o [~q] me occorreo dizer a favor de cada hum dos sinco modos possiveis p.^a a renova??o de Lix.^a; resta-me declarar o [~q] se poder�� dizer em contr.^o p.^a ver se com estas pondera?oens me poderei determinar a tomar algum partido em forma [~q] se n?o possa dizer [~q] o fiz sem estas antecedencias.
9---No 1.^o modo encontro a falta de aten??o ao melhoram.^{to} de hua cid.^e que se edifica de novo conservandolhe as ruas estreitas, o [~q] as fas de aborrecivel uzo, e as cazas m.^{to} altas com o horror que das suas alturas se tem concebido; n?o obstante poderse dizer, [~q] este horror hade ser de pouca dura??o, por[~q] em fazendo alg[~u]a pessoa veneranda edif.^o de mayor altura de dous pav.^{tos} logo outras de qualquer venera??o a ir?o imitando, e consequentem.^{te} todas as [~q] tiverem com [~q] o fazer; por[~q] ao mesmo passo [~q] vai esquecendo o horror do terremoto, se ir�� esquecendo o da ley dos dous pavim.^{tos}. Sirva de exemplo a ley do alinham.^{to} p.^a [~q] as cazas [~q] se renovassem, se recolhessem at�� [~q] as ruas ficassem em certa largura, como a da rua dir.^{ta} das portas de S. C.^{na} onde se executou ath�� certo tempo, e se n?o continuou em alg[~u]a das cazas [~q] depois se renovar?o ou se edificar?o de novo.
10.--O 2.^o modo, ainda [~q] attende �� formosura da cid.^e p.^{lo} [~q] toca a largura das ruas, tem o defeito de se n?o acautelar contra o flagello dos terremotos nas alturas dos edificios; e posto [~q] favorece aos donos dos edif.^{os} restantes em lhes conservar o n.^o dos moradores, e consequentem.^e os rendimentos, e tambem poss?o dizer [~q] a ley dos dous pavim.^{tos} ter�� o mesmo efeito [~q] a ley do alinham.^{to}, n?o s?o razoens subsistentes por dependerem do futuro.
11.--O 3.^o modo [~q] parece mais admissivel, por[~q] attende
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