e de procurar sua amizade e allian?a, fez-lhes guerra de exterminio, chegando até a apossar-se dolosamente de Diogo Alvares Corrêa o Caramurú. A famosa Paraguassú, esposa de Caramurú, excita os Tupinambás á vingan?a, e obriga Coutinho a fugir. Feita porém a paz, voltava este á Bahia, quando huma furiosa tempestade o fez naufragar em Itaparíca (1548). Os que escapar?o do naufragio morrer?o ás m?os dos Indigenas; entre elles o proprio Coutinho: só for?o poupados Caramurú, e sua comitiva.
1549.
Tendo sido dada aos Donatarios illimitada jurisdi??o civil e criminal sobre as suas respectivas Capitanias, concedendo-se-lhes até impor a pena de morte, mesmo ás pessoas de mór qualidade; e provindo d'ahi innumeros males porque o abuso dos Senhores Donatarios ia-se tornando intoleravel, a anarchia reinava, os colonos er?o opprimidos, os Indios barbaramente perseguidos; indispensavel era que o Brasil fosse governado por huma autoridade superior que servisse de centro commum, á que todos obedecessem. Assim creou El-Rei D. Jo?o III, melhor instruido pela propria experiencia, o cargo de Governador Geral do Brasil, que confiou a Thomé de Sousa. A 28 de Mar?o chega este á Bahia, trazendo em sua companhia os primeiros Jezuitas que pizar?o no Brasil. Coadjuvado por Caramurú consegue estabelecer-se na Bahia, e funda a cidade de S. Salvador, séde do Governo.
1552.
Chega á Bahia o primeiro Bispo do Brasil D. Pedro Fernandes Sardinha; o qual consegue apaziguar por algum tempo as desaven?as entre o Clero e os Jezuitas.
1553.
Thomé de Sousa retira-se e he substituido no Governo Geral por Duarte da Costa. Com o novo Governador vier?o alguns Jezuitas, entre os quaes o famoso José Anchietta, denominado o Apostolo do Novo Mundo. Já com Thomé de Sousa viera Manoel da Nobrega. A estes dous Padres he o Brasil devedor de muitos e mui relevantes servi?os.
1554.
Reconhecendo o Governador Geral vistas ambiciosas nos Jezuitas, nega-lhes o seu apoio. Estes retir?o-se para o Sul, e fund?o junto ás planicies de Piratininga huma povoa??o, e o Collegio de S. Paulo, donde veio o nome á cidade e provincia hoje assim chamadas.
1555.
O desejo de conquista, e a ambi??o de riquezas lev?o estrangeiros a tentarem expedi??es á America. Nicolau Durand Villegaignon, sob o falso pretexto de fazer propagar o Calvinismo, protegido pelo Almirante Gaspar de Coligny, chega com huma expedi??o Franceza á bahia de Nictherohy, e construe no centro della sobre huma pequena ilha hum forte que denominou--de Coligny--(ou Villegaignon).
1557.
Morre El-Rei D. Jo?o III. (11 de Junho). Fica na minoridade D. Sebasti?o, neto e successor do Rei.
1557.
He Regente do Reino a Rainha Catharina d'Austria.
1558.
Chega ao Brasil o Governador Geral Mem de Sá.
1560.
Mem de Sá expelle os Francezes do forte--Coligny. Estes fogem para o continente, onde se torn?o mais fortes com o auxilio dos Tamoios.--Visita o Governador a Capitania de S. Vicente, e deixa a sua prosperidade confiada aos PP. Manoel da Nobrega, e José Anchietta, ordenando ao mesmo tempo que se transferisse para S. Paulo o estabelecimento de Santo André.--Vê-se Mem de Sá obrigado a voltar a S. Salvador para reprimir os attaques dos Aymorés que incommodav?o e assolav?o as Capitanias dos Ilheos e Porto-Seguro: com effeito elle os derrota.
1562.
A Rainha entrega a Regencia ao Cardeal D. Henrique.
1564.
Os Tamoyos, senhores de todo o territorio entre Rio de Janeiro e S. Vicente, form?o com outros Indios huma temivel liga contra os Portuguezes e dirigem-se ousadamente a attacar a nova povoa??o de S. Paulo. Porém os Jezuitas ajudados pelo celebre Indio Tebyri?á (depois do baptismo Martim Affonso) salv?o-a e repellem os Indigenas.--Tambem a Capitania do Espirito Santo era muito incommodada pelos Indios; e já havia perecido Fern?o de Sá filho do Governador, mandado por seu Pai a debellar os selvagens.--Continuando cada vez mais terrivel a guerra feita pelos Indios, os PP. Manoel da Nobrega e José Anchietta, depois de passarem milhares de perigos obtem a paz dos Tamoyos (foi por esta occasi?o que José Anchietta compoz em latim e reteve de memoria o celebre poema da Virgem).--Chega á Bahia Estacio de Sá, sobrinho do Governador, enviado pela C?rte a expulsar definitivamente os Francezes.
1565--1567.
Em Mar?o de 1565 desembarca Estacio de Sá junto ao monte P?o-d'Assucar no Rio de Janeiro. Depois de longa resistencia dos Francezes, ajudado pelo Governador seu Tio, pelos PP. Nobrega e Anchietta, e pelo Indio Ararigboia, consegue expellir definitivamente os invasores depois de lhes tomar o forte Ura?umiri (1567): porém n?o poude colher os louros da victoria por expirar poucos dias depois, de huma gloriosa ferida que recebera.--Os Francezes sahindo do Rio de Janeiro tent?o apossar-se de Pernambuco; porém s?o com denodo repellidos pelo Governador da Capitania.
1568.
He acclamado Rei D. Sebasti?o (20 de Janeiro), tendo apenas 14 annos de idade.--Salvador Corrêa de Sá e Benavides, que muito se distinguira na expuls?o dos Francezes, é nomeado Governador do Rio de Janeiro, e lan?a os fundamentos da Cidade de S. Sebasti?o na margem occidental da bahia (é hoje a Capital do
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