jusante della, em um porto chamado Cuatro-Ojos.
é depois de receber o Piray que alguns geographos d?o ao Guapay o nome de Sara, que guarda até se lhe reunir o Chaparé, que, recebendo perto da boca um rio denominado Mamorechico ou Mamoré[4], transmitte este nome ao Sara, antes Guapay ou rio Grande.
[4] Mamoré significa em lingua indigena m?i dos homens. O rio recebeu este nome porque em sua fonte ha um rochedo pyramidal formado de tres pedras sobrepostas, que se erguem á altura de mais de 20 metros, e coroado por uma gigantesca arvore de quina. Este rochedo é adorado pelos indios dessas paragens, porque é cren?a entre elles que devem sua origem aos amores dessa pedra com um tigre das selvas.--Podia julgar-se, acrescenta o autor de quem copiamos estas linhas, que semelhante origem devia tel-os feito selvagens e ferozes: s?o ao contrario meigos, humildes e servi?aes. (Favre--Apuntes sobre la navegacion de los rios de Boliyia. Cochabamba. 1858).
O Chaparé é digno de men??o n?o tanto pelo avultado cabedal de suas aguas como pela navega??o franca que offerece quér em seu proprio curso, quér no de seus numerosos tributarios, entre outros o Mamoré chico, o Chimoré e o Coni.
Trazendo, como ficou dito, suas nascentes dos arredores de Cochabamba, tem a 35 leguas[5] desta cidade o porto de Vinchuta, junto á embocadura do Coni, d'onde é possivel navegar a vapor até a sua foz no Mamoré; pois neste espa?o, que regulará em 200 milhas[6], o rio nunca tem menos de 2 metros (6 pés) de fundo nem correnteza superior a de 1 1/2 milhas por hora ou 0,77 metros por segundo.
[5] Alguns autores que consultamos dizem ser de 30 leguas a distancia de Cochabamba a Vinchuta; outros fazem-n'a de 40. Decidimo-nos pela media dos dous algarismos, approximando-nos muito da opini?o de Gibbon, que attribue 34 leguas ao mesmo caminho.
[6] As distancias em milhas que citamos s?o extrahidas da obra de Gibbon ou fundadas no seu mappa. Suppomos ser a milha maritima de 60 ao gráo, equivalente a um ter?o de legua de 20 ao gráo e a 1.852 metros. Esta legua tem pois 5.556 metros e é pouco differente da boliviana, que é igual a 5.564 metros.
No rio Grande ou Guapay o mesmo systema de navega??o talvez possa, na esta??o das aguas, come?ar desde muito arriba no seu curso; e n?o é duvidoso que alcan?ará ao lugar chamado Paylas, situado mais ou menos fronteiro a Santa Cruz. Dahi para baixo a navega??o seria desimpedida em todo o anno, se na secca n?o se formasse um rapido ou uma cachoeira, que difficulta a subida além de um porto conhecido pelo nome de Bivosi. Entre este e a foz do Chaparé n?o consta que o Guapay tenha empecilhos e dessa foz até Trinidad, capital do departamento do Beni, foi averiguado por Gibbon que a profundidade d'agua na secca nunca é inferior a 7 metros, 21 pés, e a correnteza por hora n?o passa de 1/2 milha.
Proseguindo em condi??es de prestar transito a vapores sem necessidade de obras d'arte, o Mamoré passa perto de Exaltacion, outra cidade do Beni, e cada vez com mais fundo e corrente menos rapida, chega á confluencia do Guaporé ou Itenez, proximamente a 120 milhas da cidade de Trinidad.
Este ultimo rio, que reune a maior massa, que engrossa o Mamoré pela margem do Oriente, é formado pelo concurso de muitos mananciaes que descem da serra dos Parecis, com outros que provêm da de Aguapehy e das vertentes e lag?as da provincia de Chiquitos. Tendo, porém, as fontes de seu tronco principal na serra dos Parecis, aos 14^o 42' de latitude e a 2 leguas das do Juruema, bra?o importante do rio Tapajoz, outro grande affluente do maximo Amazonas, o Guaporé, se precipita pelas encostas das montanhas, d'onde se origina, em saltos a cachoeiras repetidas, que n?o facult?o sen?o mui embara?ada á navega??o até cidade de Mato Grosso. Corre primeiro a SO até os 15^o, 10' de latitude, seguindo parallelo ao curso do Jaurú, tributario do rio Paraguay, e depois volta bruscamente tornando o rumo de nordeste, que conserva até desembocar no Mamoré, aos 11^o 54' 46" de latitude é 68^o 1' 30" de longitude oeste de Paris.
Seus confluentes mais notaveis s?o na margem direita o Sararé e o Galera; e na esquerda o Barbados, o Verde, o Branco ou Baures e o caudaloso Magdalena ou Itonama.
é pelo rio Barbados e seu affluente, o rio Alegre, que cruza as nascentes com o Aguapehy, tributario do Jaurú, que o é do Paraguay, que será possivel estabelecer o mais curto canal de uni?o entre as aguas do Amazonas e do Prata, cortando o isthmo que separa o Alegre e o Aguapehy e que se estreita a ponto de reduzir-se á largura de 5.280 metros ou 2.400 bra?as do Brasil.
O Guaporé, desde a povoa??o de
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